segunda-feira, 30 de junho de 2014

A Rita e o Zico foram anúncio de TV


sexta-feira, 27 de junho de 2014

O fim de um ciclo

A Rita termina hoje o seu 1º Ciclo Básico. É finalista. Termina também hoje um "ciclo" de 7 anos. Data importante e simbólica, quer para os meninos, quer para mim.

Em Setembro de 2007, a Ritinha entrava na escola pela primeira vez, perto de fazer 3 anos. Em Setembro de 2007, eu despedia-me da empresa onde trabalhava, entrava no ISCTE para fazer um Master e iniciava uma nova aventura. Tinhamo-nos preparado, nos 6 meses anteriores, para esta mudança.

Ainda me lembro muito bem daquele primeiro ano de escola da Ritinha. Como tinha tempo, às vezes ficava um pouco por lá, brincava com os miúdos. Lembro-me que um dia, educadamente, fui convidado a sair...

Passados 7 anos, muita coisa mudou, naturalmente. A Rita, aqui há dias, já chorava de nostalgia. Afinal, sempre é um longo período na sua vida, sempre junto dos mesmos amigos, as mesmas rotinas, as mesmas professoras, o mesmo ambiente contido, reservado, indicado para as crianças mais pequenas.

A partir de Setembro, um Mundo novo se abre à sua frente. A entrada numa nova escola, a descoberta de novos amigos, professores, espaços diferentes, outras rotinas. O Zico segue-lhe, também ele mudará de escola, para a mesma onde a Rita vai.

Vão os dois para o meu Colégio de sempre, o Sagrado Coração de Maria. Depois de muito pensarmos, de visitarmos Colégios, de ponderarmos prós e contras, lá decidimos pelo Sagrado. Vai ser uma mudança muito grande para 2 crianças que estão habituadas a um espaço pequeno e reservado. Só no 5º Ano, a Rita irá encontrar mais crianças que todas as que a sua escola agora tem.

Agora, férias. É aproveitar. Quando voltarmos, logo nos começamos a preparar para a mudança. Espero conseguir estar totalmente disponível, mental, física e temporalmente, para os acompanhar de início. Tento sempre reservar a 1ª quinzena de Setembro para poder estar mais perto deles. Tento nunca estar fora nem agendar reuniões para poder estar totalmente disponível. Mais do que nunca, este ano eles vão precisar.

terça-feira, 24 de junho de 2014

Bela maneira de se entreterem

Ontem pedi-lhes para não verem televisão, nem jogarem i-pad, nem playstation... Nada!

Um fim-de-semana em cheio, com festas, muita actividade, desporto e jogos, pedia uma 2a feira mais calma.

"Façam qualquer coisa", pedi-lhes. "Leiam, brinquem com a Teresa, qualquer coisa, mas sem televisão nem i-pad!".

Chego a casa, e encontro isto! Bela maneira de se entreterem... Encheram-me os móveis de autocolantes! Ainda estou para ver se a Marta não se passa...


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Parece que escolhi bem...

Um estudo realizado pelo Jornal Reproductive Sciences diz que as mulheres bonitas têm maior probabilidade de terem filhas, igualmente bonitas. As menos bonitas, terão maior probabilidade de ter filhos rapazes.

Não sei qual a profundidade deste estudo, nem sequer a sua veracidade. Mas sendo verdade, parece que escolhi bem. Dos 9 netos que os meus sogros têm, 3 são raparigas, 6 são rapazes. Duas raparigas são minhas... é fazer as contas!

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Felicidade simples e genuína

As crianças são honestas, claras e directas. Não têm 2 caras. E isso, tanto tem de bom, como de mau.

A Teresinha fez ontem 2 anos. Acho que não entendeu que era o seu aniversário, não sabe sequer o que isso significa. Mas tenho a certeza que percebeu que era um dia especial, diferente, e que as atenções estavam centradas nela.

Recebeu as visitas dos Avós, teve presentes que adorou, a Mãe e o Pai chegaram mais cedo a casa, os irmãos deram-lhe mimo, teve um bolo, comeu guloseimas, apagou as 2 velas, foi jantar fora, deitou-se na cama agarrada aos presentes. Coisas simples que mostram que é possível uma criança ser feliz com pouca coisa, desde que com grande simbolismo e com a companhia de quem os ama.

A Teresa, ontem, foi honesta. Sorriu o tempo todo, distribuiu beijos, gargalhadas, abraços. Esteve sempre bem disposta. Não lhe vi uma birra, sequer.

No restaurante, olhava e dizia: «Avó! Duas!». Felicidade a duplicar, basicamente.

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Dois anos a (re)aprender a ser Pai

Há 2 anos nasceu a Teresa. Sem rodeios, sem máscaras, sem falsidades, não tenho nenhum problema em dizer que o início foi difícil e não correu bem.

Há 2 anos, a Rita e o Zico já eram autónomos. A Marta e eu tínhamos já passado a fase mais "intensa" de ser Pais. Era como se já tivéssemos a nossa vida de volta. Mas decidimos ter mais um filho.

No dia 19 de Junho de 2012, chegou a Teresinha. Fomos tranquilos para o Hospital. Afinal, era o 3º filho, já sabíamos tudo. Nada me preparou para o que aí vinha. Género, Selecção Nacional a entrar em campo contra a Alemanha, peito feito, não é preciso correr, somos os maiores. Levamos 4 secos! Uma lição. A Teresa dá-me várias, todos os dias.

Foi o único parto a que assisti. Foi o único filho que tive com o qual não passei todos os dias na maternidade, tendo sido substituído pela minha cunhada Rita durante uma noite. Foi também a primeira vez que não dei o primeiro banho, não mudei a primeira fralda. Foi, assim, claro que a Teresa chegava e as coisas seriam diferentes. E foram.

O Verão foi óptimo. A Marta esteve sempre connosco na Areia Branca. A Teresa, essa, fez logo questão de mostrar ao que vinha: pulmões bem abertos, vontade firme de se afirmar no meio de muita gente. E mais não largou essa sua vontade. Lembro-me bem, logo bebé, de dizer à minha Mãe que a Teresinha era diferente, era um bebé mais exigente e ia dar mais trabalho que os outros. Dito e feito.

De volta de férias, com trabalho, muito pouco sono, cansado, exausto mesmo, entreguei a Teresa nos braços da Marta. Literalmente. A Teresa passou o Inverno no colo da Mãe. Ainda bebé, ficou doente, a arder em febre, a Marta esteve umas boas 72 horas com a Teresa no colo. Sem exageros.

São destes pequenos pormenores que se constrói uma relação. Não é por acaso o amor, a adoração que a Teresa tem com a Mãe, algo que a Rita e o Zico, nesta idade, não tinham. É uma relação muito diferente. E assim foi até terminar a licença da Marta.

Faço todo este preâmbulo porque nem tudo são rosas no nascimento de um filho. Nem sempre as coisas correm bem. Nem sempre estamos disponíveis. Com a Teresinha, eu não estive. A cabeça não estava disponível, o corpo não estava preparado e quebrou.

No Natal de 2012, a Marta volta ao trabalho. Decidi que ficaria uma manhã, por semana, em casa com a Teresinha. Estaria, assim, mais tempo com ela, a transição seria mais suave. É assim que nascem as 4ª feiras. Não me perguntem como nem porquê. Ninguém me pediu. Ninguém me obrigou. Ninguém me sugeriu. Achei que era essa a minha missão. Tinha assumido a missão de ser Pai em 2004, quando a Rita nasceu, não seria agora que iria desistir.

Hoje, passado 1 ano e meio, não concebo a minha vida sem a Teresinha. É rabugenta, desobediente, mal-encarada, exigente, mandona, acha que tem direito a tudo, grita por qualquer coisa. Mas é um doce. E ensinou-me muitas e muitas coisas novas.

Ainda a semana passada, por qualquer razão, a Marta olha para mim e diz-me: «Já não te conheço como Pai!». A Teresa teve esse dom (sim, é um dom): de me mostrar que não há coisas certas no Mundo e que temos de nos adaptar. Somos todos diferentes e exigimos coisas diferentes dos outros. E nós devemos ter essa capacidade de adaptação. Não é fácil.

Com a Teresa aprendi a ser mais condescendente, menos exigente, a relevar certas coisas, a deixá-la ser como é. Tento não lhe diminuir a sua vincada personalidade. Mas sempre, sempre mostrando que sou o Pai, que há limites. Não lhe dou tudo o quer, não lhe faço todas as vontades. Mas dou-lhe muito mais lastro e margem de manobra que dei à Rita e ao Zico.

Todos os dias a Teresa surpreende-me. Dá-me coisas novas. Tem um sorriso lindo, uns caracóis nunca vistos, um abraço que me enche os ombros, um beijo sem igual. Chego a casa e ela corre sempre corredor fora, braços bem abertos, para me receber. Alto e bom som, grita «PAI!!!».

Tenho algumas dificuldades em descrever a Teresa e o que sinto por ela. Como tudo começou e como tudo está agora. É uma grande companheira. Faz-me muita, muita companhia. Passamos muito tempo juntos. Zangamo-nos, rimos, brincamos, passeamos. Dou-lhe muito colo. Dou-lhe muitos beijinhos. Aperto-a!

Enquanto escrevo este post, leio noutro sítio: «Pure love has no conditions or boundaries. Love does not restrain itself or hold back. Love gives all the time and doesn't ask for anything in return. Love is a continuous flow without any limits. And all of this is inside you.» Se calhar é mesmo "só" isso, amor.

Esta é a Teresa. Maria Teresa, para o Pai. Só podia!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Mais uma corrida, mais uma viagem

Sábado, dia 07, última etapa do BES Run Challenge. Depois de ter falhado as 2 primeiras corridas e, com algum sofrimento, ter conseguido completar a prova da Costa de Caparica abaixo dos 50 minutos, faltava agora a prova de Lisboa.

Percurso plano, bem conhecido, de tantas vezes que já corri à beira-rio. A única dificuldade que teria de ultrapassar seria o meu próprio cansaço e a má forma que atravesso. A minha busca em melhorar tempos e ser mais rápido, com pouco tempo de treino, anda a pesar no corpo.

De qualquer forma, mesmo com os treinos mais ligeiros que tenho tido e apenas 3 semanas de recuperação, fui disposto a tentar fazer o melhor possível, fosse o que fosse.

Bom início de corrida, rápido, senti-me muito bem. 3 kms depois, com um ritmo a rondar os 4.40 mns/km, ia tranquilo. Assim fui até ao 2º abastecimento. Fiz 7 kms em pouco mais de 33 minutos e o andamento apontava para um tempo a rondar os 47:30 mns até final da prova, o que me deixava muito satisfeito. Longe do meu melhor, mas satisfeito dadas as circunstâncias.

Só que depois do 2º abastecimento, o corpo foi-se... cansado, muito cansado, sem conseguir manter o ritmo, fiz os últimos 3 kms já em claro sofrimento. Os 8 kms, passei-os ainda abaixo dos 39 minutos mas a perder velocidade. Tinha feito o último km acima dos 5 mns/km. Até final, foi sempre a baixar o ritmo.

Meta cruzada, com um tempo de 49:27, mesmo assim abaixo dos 50 minutos. Final sofrido, pernas doridas, mas objectivo alcançado de manter as corridas abaixo dos 5 mns/km. Lugar 899 em 2.777 participantes, mantive-me no 1º terço de participantes. Baixei bastante no meu escalão (V40) com o lugar 201 em 486 participantes.

Mas o corpo tem coisas curiosas: na corrida da Costa de Caparica, senti uma quebra bem antes, por volta dos 5 kms. O sofrimento foi mais agudo. Em Lisboa, senti-me muito melhor, mais rápido, com uma quebra mais tardia. No entanto, olhando para os tempos, fiz mais 10 segundos nesta prova e cruzei os 5 kms, 34 segundos mais tarde. Sempre me senti melhor na prova de Lisboa mas piorei o tempo em relação à prova da Costa de Caparica. Ainda não consegui entender bem porquê.

Agora não tenho mais provas nos próximos meses, vem aí o Verão. É aproveitar para treinar bem, com mais tempo. Desde a meia-maratona em Março, o tempo e qualidade de treino têm sido algo prejudicados por causa das provas que fiz (3 em menos de 3 meses). Espero conseguir recuperar bem, ficar mais veloz para a partir de Setembro conseguir bater o meu recorde dos 10 kms que ainda está nos 46 minutos.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

O Bluff do Ed Sheeran

Ou a 1ª vez que a Teresinha dormiu fora de casa, sem nós. Mas gostei mais do outro título.

Na 5ª feira passada, a Marta e eu fomos ao RIR 2014 ver os Rolling Stones. Bilhetes de borla, couldn't miss it! Questão da praxe: o que fazemos aos miúdos? São 3, ninguém fica com 3!

Nota 1: Este é um dos problemas em ter 3 filhos. Quando tínhamos 2, havia sempre alguém disponível para ficar com eles. De sorriso na cara, com gosto, de portas abertas. «Claro que ficamos com eles, é um prazer, são uns queridos, fazem imensa companhia!» Chega o 3º filho e, repentinamente, sem aviso prévio, as portas das casas dos outros, fecham-se! «Com os 3... não sei... a Teresinha dorme de noite? E se chora? Com 2 ainda ficamos, mas com os 3...». Baahh! Medricas!

Voltando à questão: a Teresinha nunca dormiu fora de casa. Chamamos alguém para vir para cá? E acordar no dia seguinte, às 07h, mal dormidos?!

A Marta lá convenceu a Mãe dela que se aventurou a ficar com os 3. À parte o facto da Teresinha, ao que consta, ter aterrado de cabeça na banheira, tendo o Zico de a ter puxado pelo rabo para a tirar de lá, tudo correu bem. A Ritinha ajudou a irmã a adormecer e assim a 1ª vez da Teresinha, a dormir fora de casa, sem os Pais, foi um verdadeiro sucesso!

Mas e que raio tem o Ed Sheeran a ver com tudo isto? Simples. É que no Sábado, voltamos ao RIR 2014. Mais bilhetes de borla, há que aproveitar! E assim, saímos à noite, desta vez com mais calma, fomos mais cedo, sempre aproveitamos mais algum tempo a 2.

Bebe-se a maior quantidade de cerveja que é possível a um individuo de 40 anos, Pai de 3 e que raramente tem um tempinho a 2, seja onde e de que forma for. É aproveitar! Nunca se sabe quando se volta a ter oportunidade igual.

Nota 2: Sim, não duvidem. Ser Pai de 3 filhos significa aproveitar os momentos sem os filhos para beber, fumar, beber, fumar. Chega-se aos 40, Pai, responsável, para isto: tempos livres servem para beber! Enfim...

Voltando ao Ed Sheeran: em conversa com outra Ritinha, 9 anos, filha de um amigo, diz ela enquanto olha para uma televisão: «Ele está a fazer bluff...». «Bluff, Ritinha?», pergunto eu. «Sim, bluff!».

Huuum... bluff... já sei! «Queres dizer, playback, não é Ritinha?». «Sim, playback!».

Já agora, quem é Ed Sheeran? Não ouvi... deve ter sido das cervejas!