quarta-feira, 30 de julho de 2014

5 sinais de que estás a ficar mais velho

Ultimamente tenho andado com uma certa atenção a sinais que mostram que realmente estou a ficar mais velho, uns mais marcantes que outros. Começo a lembrar-me das queixas dos meus Pais e Tios, na altura aquilo parecia-me isso mesmo, queixas, lamurias. Agora, nem tanto.... senão vejamos:

1) Trocar os nomes dos filhos

O meu favorito! Agora entendo o porquê da minha Mãe me chamar sempre João e Nuno antes de acertar no meu nome. Já não há 1 dia em que não troque os nomes dos meus filhos, inclusive, chamar Teresa ao Zico!

2) Não dormir uma noite de seguida

Sinto isto desde que a Teresa nasceu. Os primeiros meses foram difíceis. Adormecia, acordava umas 2, 3 horas depois com a Teresinha e tinha muitas dificuldades em voltar a adormecer. Mesmo depois dela começar a dormir a noite toda, eu continuei com este ritmo.

Antes, voltar a adormecer era imediato! Quando a Rita ou o Zico acordavam de noite, ia à cama deles, voltava para a minha e adormecia na hora. Com a Teresinha, já não é bem assim...

Ainda hoje não durmo uma noite completa de seguida, é normal acordar a meio da noite. Mas, felizmente, volto a adormecer.

3) Ter dores nas cruzes

Estas já as tenho, principalmente depois de umas quantas horas com a Teresinha ao colo. Às vezes já me custa a baixar, a curvar, até a mudar uma fralda à Teresinha. Bons tempos em que os músculos duravam e duravam...

4) Aproveitar as caixas para tupperware

Não o faço, atenção! Mas quando começar a fazê-lo, acho que é um grande red flag. Sabem do que estou a falar, de certeza. Compramos imensas coisas no supermercado que vêm em caixas que, depois de lavadas, dão excelentes tupperwares. Ainda não caí nessa tentação.

5) Reutilizar sacos de plásticos

Esta é clássica. Lavar os sacos de plástico, pendurá-los a secar para depois os reutilizar. Provavelmente será uma actividade altamente defensável por aqueles que são mais ambientalistas mas a meu ver, é um enormíssimo red flag! Enorme sinal de velhice. Também ainda não o tenho.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

As nossas férias - Parte I

Estamos de volta à Praia da Areia Branca. Há cerca de um ano, começava a escrever aqui no blog e explicava a nossa anual mudança de casa. Já cá estamos, desde Domingo passado.

O tempo não tem ajudado muito nos últimos dias, a praia tem sido quase nenhuma, salva-se um mergulho na piscina, uma ida ao parque infantil, um jogo de mini-golfe. E muita, muita brincadeira, jogos, correrias e acção!

A rotina tenta-se que seja simples mas torna-se complicada quando percebo que os meninos começam a estar aborrecidos. Aí tenho de agir, prejudicando o trabalho. Ontem, mesmo com mau tempo, peguei neles e fui para a praia. Mudam de ares, brincam e o tempo passa melhor e mais depressa.

Este ano puderam trazer um amigo cada, estão contentes e mais distraídos. Os primos, também, não tardam a chegar!

E assim se passam os dias... entre trabalho, um gelado, um chuto na bola ou uma cambalhota... bem melhor que estar fechado em casa em Lisboa, em frente a uma televisão ou gadget!


quarta-feira, 16 de julho de 2014

As referências dos nossos filhos

A propósito da morte de Rui Tovar e de um post que um grande amigo colocou noutro blog, o Malomil, sobre as suas lembranças do grandíssimo Mundial de 82, levou-me a escrever este post e a pensar nas nossas referência de infância.

Quem é da minha geração ou ligeiramente mais velho, com certeza se lembrará do Campeonato do Mundo de 82, do Naranjito, das espanholadas. Quem gosta mesmo de futebol, de certeza se lembrará do grande Sócrates, do Zico e daquela maravilhosa Selecção do Brasil que acabou por se tornar numa enorme desilusão.

Mas este post não é (bem) sobre futebol. À conta da morte do Rui Tovar, quem muito apreciava ouvir, pus-me a pensar nas minhas referências. Sim, porque inevitavelmente, Rui Tovar é uma referência no futebol em Portugal, e uma referência para mim.

Na verdade, nós vamos construindo a nossa personalidade de certa forma ancorados em referências, em pessoas, em imagens e em ideais que vamos apreendendo e absorvendo ao longo do nosso crescimento, sendo essas referências mais ou menos fortes, mais ou menos marcantes.

Para muitos de nós, independentemente de gostos, tendências ou preferências, pessoas como Thatcher, Jacques Delors, Miterrand, Helmut Kohl, Cavaco Silva, Álvaro Cunhal, Mário Soares, Maria de Lurdes Pintassilgo, entre tantas outras, ou mesmo figuras da nossa infância como Tintim, Heidi, Pipi das Meias Altas, Tom Sawyer, Charlie Brown, marcaram-nos. Os jogos a que jogamos, a forma como interagimos com os amigos, tudo isto nos moldou.

O ponto a que quero chegar é este: quem são as referências dos nossos filhos? A Violeta? O Passos Coelho, Sócrates, Obama? Inazuma Eleven?! É que na falta de outra coisa, temos sempre tendência para nos agarrarmos às nossas referências e olhando para as dos nossos filhos, fico de certa forma assustado.

Pessoalmente, nunca fui muito de criar grandes ídolos ou de seguir religiosamente alguém. Tento pensar pela minha cabeça.

A minha primeira referência é, e sempre foi, o meu Pai. É nele que estão ancorados os meus mais profundos valores e ideais. É isso que me segura. O que me leva a pensar que se o meu, o nosso trabalho for bem feito, "Violetas" à parte, a coisa há-de-lhes correr bem. Venham os Sócrates da vida que eles saberão distinguir quem deve ser referência, e quem com certeza não deve.

É como diz uma pessoa que muito admiro: «Não desista. Nunca desista de lhes enfiar na cabeça. Pode demorar a entrar mas entra e quando forem crescidos, hão-de lembrar-se do que lhes disse.».

Acho que é questão de nós, Pais, não desistirmos de ser... Pais.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Cu a Tê

A Teresa percebe tudo o que dizemos. Tudo, mesmo. Basta ouvir-nos a combinar seja o que for, responde logo: «Cu a Tê!», que basicamente significa, «Com a Teresa».

«Rita, vens comigo ao Pingo Doce?», logo aparece a Teresinha, «Cu a Tê!».

«Querem que vos vá buscar à escola?», a Teresa responde de imediato, «Cu a Tê!»

Na semana passada, passei mais tempo que o normal com a Teresa. A nossa empregada ficou doente e assim fiquei com ela na 4ª de manhã (como já é normal), na 5ª e também na 6ª feira de manhã. Eu saía, ela saía comigo.

Hoje de manhã, nem precisei de dizer nada. Assim que me viu vestido, pronto para sair, começou logo a disparar: «Cu a Tê, cu a Tê!!!». Hoje, desde há muito, apertou-se-me o coração. Não queria ficar em casa. Queira mesmo sair, vir comigo.

Mas está quase, estamos quase de férias e vai estar comigo, connosco, algumas semanas. Ao ar livre, com os Primos, na praia, na piscina. Vai ser um fartote. E sempre, sempre cu a Tê!

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Pai, posso?...

Lá em casa, existem 3 níveis diferentes de pedidos a fazer ao Pai, ou seja, a mim:

  • Nível Rita: «Pai, posso?...». «Agora não, Rita». «Está bem.». Vira costas, vai embora e rapidamente faz outra coisa qualquer;
  • Nível Zico: «Pai, posso?...». «Agora não, Zico». «Oooh... mas porquê? Vá lá! Eu queria tanto...». »Já disse que não, Zico, não insistas!». Às vezes insiste mais e consegue o quer. Outras vezes aceita a resposta. Emburra umas, maior parte das vezes vai à vida dele;
  • Nível Teresa: «Pai, pó?...». «Agora não, Teresa». «BAAAAAH!!! A Tê qué!!!». Maior parte das vezes, cedo logo, dou-lhe o que quer, viro costas e vou à minha vida. Algumas vezes, insisto no não, levo um grito ainda mais estratosférico e acabo por ceder. Poucas, muito poucas vezes, insisto e mantenho o não.