segunda-feira, 1 de julho de 2013

Como tudo começou

Março de 2007. Estava há quase 2 anos na empresa do meu coração. O sítio onde conheci a Marta e onde começamos a namorar. Tinha voltado em Junho de 2005, com 31 anos feitos, pronto para pegar na empresa e dar-lhe uma volta de 180 graus.

Tinham sido quase 2 anos extenuantes, do ponto de vista psicológico. A Rita, a nossa filha mais velha, tinha já 2 anos e meio e preparava-se (ou melhor, nós é que nos preparávamos) para ir para a escola em Setembro. A Marta tinha terminado a sua licença de maternidade, depois do nascimento do 2º, e tinha-lhe sido comunicado que iria ser transferida para outra área de negócio da empresa, muito mais exigente. Ia ter muito menos disponibilidade. 

Uma noite, nesse Março de 2007, estava sozinho em casa à noite. A Marta estava fora em trabalho. A fazer zapping, paro no programa da Oprah. A entrevistada era uma tal de Rhonda Byrne, autora de um livro intitulado "O Segredo", que na altura estava a ser um enorme sucesso.

Ao ouvi-la, tive uma epifania! Eu, que nunca fui dado a estas coisas - sou muito mais terra-a-terra - fiquei a pensar naquilo. De imediato decidi que me iria despedir, voltar a estudar - algo que não fazia desde o fim da licenciatura em Gestão em 1998 - e assim teria tempo para acompanhar a mais velha no início da escola. Pelo meio, tentaria começar a trabalhar por conta própria e depois... logo se via!

A Marta concordou. Os meus Pais ajudaram.

Um à parte: quando expliquei ao meu Pai o que pretendia fazer - despedir-me, estudar e começar a trabalhar por conta própria - só me lembro de ele me dizer: «Então agora que o imobiliário acabou, mais ninguém vai voltar a comprar casa, é que tu te vais despedir?! Tu é que sabes... olha, ofereço-te um fax para começares a trabalhar.». Para o meu Pai, poder estar em contacto com o Mundo, significava ter um fax! Delicioso! Guardo para sempre esta história!

Voltando à conversa inicial, tudo correu como calculado. Fui aceite no curso que queria tirar; comecei a trabalhar com 2 clientes - um deles, ao qual estarei eternamente agradecido, uma outra epifania (na verdadeira acepção da palavra!) que contarei noutra oportunidade - e as coisas foram andando.

Em Setembro de 2007, já me tinha demitido, estava a começar a estudar e a escola da Rita começava.

Passados quase 6 anos, a aventura tem sido fantástica, fenomenal, deliciosa! Inúmeras "quartas-feiras" que não trocaria por nada deste Mundo!

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