sexta-feira, 11 de abril de 2014

A loucura de sermos Pais

Sermos Pais pode ser considerado um verdadeiro acto de loucura. Se todos pensássemos racionalmente, não o seriamos, de certeza. Se não, vejamos o que significa sermos Pais:
  • Começamos a dormir muito menos. Acordamos várias vezes durante e noite. E, no final, temos de continuar a levantar-nos cedo para trabalhar. Depois, ainda mais cedo para preparar o dia de escola dos filhos. Cada vez mais cedo, porque as aulas começam quase de noite!
  • Perdemos aqueles "momentos a dois". Rapidamente se transformam em momentos a três, depois a quatro, depois... as conversas a dois redundam ou em fraldas e cocós, ou numa qualquer idiota discussão.
  • Deixamos de estar com os amigos. «Então já não apareces mais?», dizem-nos. É o miúdo que está com febre, é o ter de levantar cedo no dia seguinte, é o cansaço, é o dinheiro que custa uma baby-sitter, é a dificuldade que temos, muitas vezes, em deixá-los com a baby-sitter . Há sempre mais alguma razão para não ir ter com os amigos.
  • E o que acontece quando finalmente conseguimos sair um pouco? Ficamos a pensar se os meninos ficaram bem, se está tudo bem lá em casa. E o que aproveitamos para conversar com os amigos? Sobre os filhos, pois claro...
  • É o dinheiro. Nunca é uma boa altura para ter um filho. Ainda agora fomos aumentados, é melhor esperar. Temos de mudar de carro, é melhor esperar. A coisa não está fácil, é melhor esperar. Se fosse pelo dinheiro, seria sempre melhor esperar e quem espera...
  • São os gritos, o desassossego, as birras, os "nervos em franja".
Vem tudo isto a propósito de um pequeno vídeo, bem engraçado, sobre essa loucura de sermos Pais.



Loucura seria não ser Pai. Loucura seria, hoje, não ter os meus três filhos, todos eles tão diferentes. Loucura seria não ter de fazer contas, controlar gastos, pensar num futuro para eles.

Tenho amigos que não têm filhos. Olho para eles e, confesso, tenho inveja. Inveja do sossego que vivem, da liberdade que têm e de tudo o que podem desfrutar da vida. Chego a casa e não penso mais nisso. A "loucura" invade-me rapidamente os meus pensamentos, toma conta dos meus actos e faz-me esquecer tudo o resto. Deixa-me feliz e pronto para mais uns anos de loucura.

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