quarta-feira, 30 de abril de 2014

O Ruca existe?!

A Teresinha, para além de tantas outras coisas, tem-nos feito recuar no tempo no que aos desenhos animados diz respeito. Começou pelo Pocoyo, agora passou para o Ruca.

Considero-me doutorado em "Rucas" e "Noddys", de tantas horas que assisti às suas séries, primeiro com a Ritinha, depois com o Zico. Mas há já alguns anos que não lhes tocava, naturalmente. Agora, assisto de novo ao Ruca numa base mais revivalista mas lembro-me de praticamente todos os episódios.

A Teresinha nem liga muito a televisão, mas não dispensa uns episódios do Ruca, ao fim do dia, quando chego a casa. Ela sabe que só eu é que lhe ligo a televisão. Assim, logo que chego, pede-me imediatamente para ver o Ruca.

Pessoalmente, acho que aquela criança não existe! Vejam bem: na maior parte das vezes, o Ruca riposta ou interjeita a primeira vez, mas perante uma resposta da Mãe ou do Pai, de imediato responde: «Está bem, Mamã», com aquela vozinha dele de conformado ou até, muitas vezes, de satisfeito com a contra-proposta recebida.

Do género: «Não vou comer bróculos, não gosto!». «Mas olha que os legumes fazem-te crescer, Ruca», diz a Mãe. «Está bem Mamã, eu vou comer!».

Isto não existe, desculpem! Ao referir isto à Marta, logo ela me alertou: «Olha que a Ritinha não é assim tão diferente». Pus-me a pensar naquilo... talvez não fosse. Deviam era ter feito uma série só da Rosita, para ver se a coisa complicava, ou eventualmente de um segundo irmão ou irmã do Ruca... aí é que seria lindo! Acabava de vez com o menino bem comportado e obediente.

Além disso, também não conheço Pais e Mães como os do Ruca. Sempre, mas sempre com uma palavra calma, ponderada e inteligente. Sempre com propostas tentadoras e alternativas simples. Nunca levantam a voz, nunca se exaltam. Ah, é verdade, e entendem sempre as birras dos filhos!

Isto existe?! Lá em casa, não!

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