sexta-feira, 19 de setembro de 2014

A primeira semana do resto da vida deles

E que semana! Muitas emoções, medos, receios, nervos à flor da pele mas acabamos bem, felizes e satisfeitos.

Enquanto Pai deste meus dois mais velhos, termino esta semana, fundamentalmente, orgulhoso.

Orgulhoso deles. Conseguiram entrar num Mundo novo com calma, serenidade, aceitaram este desafio com mágoa no coração, é certo, mas com a força que a situação exigia. Foram uns verdadeiros heróis!

Permitam-me dizer, orgulhoso da Marta e de mim próprio. Enquanto Pais, não somos ansiosos, não sofremos por antecipação e procuramos "desmistificar" as coisas não as complicando e não elaborando nem desenvolvendo demais algumas conversas. E, sinceramente, acho que isto ajudou.

Foi um processo há vários meses iniciado, gradual, do qual fomos falando aos poucos. A verdade é que, na véspera, eles dormiram lindamente e foram para o Colégio calmos e sem qualquer tipo de nervosismo ou ansiedade. Volto a dizer, com mágoa e alguma tristeza no coração, que só passa com o tempo e com a habituação a novos amigos, novas brincadeiras e novos espaços.

Dois dias antes, a única coisa que lhes disse foi que sabia que ia ser difícil. Não lhes ia mentir, iam sentir que ninguém os conhecia e entrar em brincadeiras de meninos que já se conhecem, ia ser difícil. Só lhes pedi uma coisa: que não desistissem! Que não se escondessem, que não se acanhassem. Que arriscassem! Iriam conseguir.

E conseguiram! A Rita hoje saía da escola com uma amiga nova, à conversa. No recreio, fica à comversa com amigas, ainda um pouco acanhada. Vai ter tempo para descobrir todos os recantos daquele Colégio enorme! O Zico estava muito feliz, diz que conseguiu entrar numa equipa para participar num campeonato de futebol. Já na 4a feira me pedia para ficar mais tempo no recreio no fim das aulas. 

Pelo meio da semana, alguns sobressaltos, é certo, algumas "birras" totalmente justificadas pela enorme pressão emocional que estão a sentir. Nunca me zanguei, nunca ralhei, procurei ouvi-las todas e compreendi perfeitamente. Passaram rápido.

Esta semana procurei estar quase sempre ao pé deles, ouvir as suas histórias. E tanto que falaram e que contaram, caramba! Acho que nunca tinha ouvido a Ritinha a contar tantas coisas! A partir da próxima, largá-los-ei um pouco mais até voltarmos à nossa rotina familiar mais habitual e eu possa voltar de novo ao trabalho com mais dedicação, mais afinco, mais tempo e mais concentração. E voltar às minhas 4a feiras que a Teresinha também precisa de atenção, agora que voltou a ficar sem os irmãos em casa.

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