segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

A dependência de uma empregada

A nossa organização familiar requer uma empregada. A Marta trabalha de sol a sol. Eu levo os meninos à escola de manhã - menos às 4ª feiras! - de volta em volta vou buscá-los, duas vezes por semana levo-os aos treinos. Pelo meio, trabalho. Há que ter alguém em casa para tomar conta da Teresinha e fazer todo o serviço doméstico.

Já tivemos várias empregadas. É raro durarem mais de 1,5, 2 anos. Conseguimos ter já uma que apenas durou 1 dia, outra apenas 2 dias. Umas boas, outras de fugir! Tivemos de tudo! Deixar os miúdos em casa com uma empregada é um risco.

Nunca temos total certeza sobre a pessoa com quem os deixamos. Para nós, é uma opção. Não queremos que eles vão para a escola antes dos 2-3 anos. Os 2 mais velhos só foram já perto do 3º aniversário. A mais nova, com ano e meio, continuará em casa, pelo menos mais 1 ano lectivo. É preciso engolir bem os gritos da manhã quando a Teresinha percebe que todos vamos sair. É preciso entender a chantagem que representa, e não pensar que está a sofrer.

A verdade é que estamos totalmente dependentes delas e quando elas o percebem, aproveitam-se. Mas com a organização que temos, seria complicado viver sem uma. É sempre possível, obviamente, mas implicaria uma alteração total da nossa organização e rotina familiar.


Chegamos a ter uma empregada, já não me lembro como se chamava (Catarina?) que esteve lá 2 semanas. Era boa empregada, simpática, boa apresentação, cozinhava bem. Ao fim de 2 semanas, arranjou uma desculpa qualquer e pôs-se a andar. Mais tarde vim a saber que quis ir embora porque achou que eu era muito exigente. Isto porque, um dia, perguntei-lhe se tinha limpo a sala, ao que ela me respondeu que sim. Fiz o "teste do algodão": passei o dedo por cima da estante e... voilá! Pó que não acabava mais. «Limpou mesmo? Para a próxima tem de limpar melhor!»


Isto é ser exigente? Eu acho que não! É a nossa casa, nós queremo-la limpa e arrumada. Então nós que lá em casa gostamos de ter sempre tudo arrumado e organizado - a Marta colocou post-its nos cestos da roupa suja para as empregadas nunca mais falharem no cesto da roupa branca e da de cor!

É difícil conviver com uma empregada. Estabelecer os necessários limites, deixar bem claras as "regras do jogo", tudo numa boa convivência sem a relação se deteriorar. E confiança, confiança acima de tudo!

Felizmente, hoje temos a Ladi. Não sei quanto tempo lá ficará, espero que muito. É queridíssima com a Teresinha, acho que gosta mesmo muito dela. É uma pessoa calma, simpática, não se faz notar. Faz o trabalho o melhor que sabe. Não é uma "emprega de de mão cheia" mas gostamos muito dela!

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