sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Foram-se os sapatos!

A Teresinha, agora que já anda e está mais crescida, chega a muitos sítios onde antes não chegava. Por vezes, torna-se complicado gerir aquilo que ela quer mexer, e não pode, aquilo que ela não deveria mexer mas que acabamos por deixar (já é o 3º filho, que se lixe!) e aquilo que efectivamente ela pode mexer.

Aqui há dias, pus-me a (re)ler um dos livros do Brazelton para recordar os hábitos de uma criança da idade da Teresa. Lá pelo meio, ele escrevia sobre o saber dizer "não", ou "não pode" e que os Pais deveriam saber que "guerras" querem ter com o filho. "Às vezes" - escrevia ele - "é melhor mudar as coisas de sítio ou simplesmente arrumá-las nalgum lugar onde a criança não possa chegar para ela não mexer e não haver discussões entre Pais e filho".

Devo dizer que sou contra! Nunca mudamos nada de sítio, mesmo nada! Sempre vi muitos Pais a tirarem tudo da frente para a criança não mexer. Acho que devemos ensinar os nossos filhos sobre aquilo que podem ou não podem mexer. Uma criança, per si, já muda tudo lá em casa, nunca quisemos que mudasse também a decoração! Se for preciso ter uma discussão por causa do comando da televisão, tenho. Sempre tive a convicção que os filhos têm de saber quais são as regras do seu meio-envolvente, por muito pequeno que seja o seu significado. Disse milhares de vezes a palavra não, mas acho que valeu a pena.

Lembro-me que a Rita, na idade dela, também adorava uma coisa: chegar às chaves que encontrava nas portas. A Teresa é igual. E há uma chave que todos gostam de mexer e que está ali, mesmo à mão: a chave do armário dos meus sapatos. Junto ao chão, é fácil de tirar, é um desafio para voltar a pôr.

Outro dia, chego a casa e a chave... cadê? Não há chave! Pedi à nossa empregada para virar a casa para tentar encontrar a chave... nada! Onde é que a Teresinha terá escondido a chave?

Ainda hoje, não sabemos. Talvez um dia, quando tivermos de fazer alguma mudança, a encontremos. Até lá, como nós Tugas somos, acima de tudo, desenrascados, abriu-se o armário "à força", empurrou-se a fechadura para dentro para ficar aberto, e fechou-se com... um papelinho para as portas prenderem uma à outra.

Antes assim do que andar descalço...

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