segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Ainda sobre os brigadeiros

Aqui há dias, publiquei aqui no blog os brigadeiros que a Marta fez. A verdade é que esta "história" é antiga.

A Marta apenas entra na cozinha, ou para comer, ou para ajudar a arrumar. Na verdade, ela não cozinha nem gosta de cozinhar.

Logo depois de nos casarmos, conta a Marta - confesso que não me lembro - que estava a estrelar um ovo. Eu entrei na cozinha e comecei logo a dar lições, a ensinar-lhe como se estrelava um ovo. Remédio santo, diz ela. É da maneira que nunca mais cozinha nada em casa. "Queres dar lições? Olha, faz tu!".

E pronto, eu que já gostava de cozinhar, tornei-me o Chef lá de casa.

O pouco jeito que tenho, aprendi-o com uma empregada que a minha Mãe teve durante muitos anos, só de a observar. Ela tinha jeito para cozinhar e eu sempre gostei de cozinha. Ficava a vê-la, decorava os ingredientes, e foi assim que aprendi. Lembro-me, muitas vezes, quando não havia jantar feito em casa ao Domingo, arranjava uns belos hambúrgueres no pão para mim. Como sempre fui rapazinho de alimento - como o meu amigo Hernâni diz - tinha de fazer 3. Se comesse 1, já não era mau porque sempre aparecia alguém a roubar-me um dos hambúrgueres. Entre irmãos e namorados, havia sempre muita boca para alimentar lá em casa.

Muitas vezes fiz o jantar ao meu Pai quando a minha Mãe não estava. Bife com batatas fritas e ovo estrelado, que era o que ele gostava. Aos fins-de-semana, quando os meus Pais não estavam, muitas vezes algum dos meus irmãos mandava-me para a cozinha fazer comida.

Ao longo do tempo, fui inventando pratos e misturando ingredientes. Faço tudo a olho, nunca tirei nenhum curso. Às vezes, dá asneira e o prato fica horrível, incomestível! Durante muito tempo, adorava comprar revistas com receitas para ir tendo novas ideias.

Continuo a gostar de cozinhar mas cozinho cada vez menos. Destino as refeições diárias para a empregada fazer. Ao fim-de-semana, faço sempre qualquer coisa.

E pronto. Assim está explicado o post sobre os brigadeiros. Verdade, verdadinha, parece que a culpa é minha...

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